
Meu personagem da semana (título roubado do quinto mais ilustre Tricolor (perde apenas para o Jô Soares, Nelson Motta, Evandro Mesquita, e Paulo Emílio) é o Fluminense.
Parênteses. Hoje, existe algo mais insólito do que se imaginar "Fluminense Campeão Brasileiro"?
Eu acho que não. E talvez, até mesmo por isso, essa seja uma verdade quase absoluta.
Já me conformo com meu vice campeonato e com a vaga na Libertadores da América. O caneco já tem dono, e dessa vez vai pras Laranjeiras. Fazer o quê?
O ressentimento, valha-me deus, dessa vez, é menor que a sensação de merecimento. Por muito pouco, muito pouco mesmo, o Fluminense foi melhor que o Corinthians nessas quase 40 rodadas do Campeonato Brasileiro.
Porque muito pouco? Porque, mesmo tendo as principais peças para ser campeão disparado, o Tricolor quase que entrega a rapadura. O Todo Poderoso também tinha boas peças para a empreitada, mas passou por problemas bem mais sérios...dois técnicos saíram...a falta de reposição e a eterna espera pelo Ronaldo.
Não reclamo. Fomos bem. E por isso volto ao meu personagem da semana.
Seguem as minhas explicações para o sucesso do Fluminense. Evidentemente, aceito o contraditório.
Primeiro (mas essa não é a ordem de importância): o melhor técnico do Brasil. Não vou me alongar sobre isso, porque acho que essa afirmação beira o consenso.
Segundo: o melhor jogador do Brasil. Conca. Essa rapaz está jogando muito. Mas muito mesmo. Com certeza, será mais um argentino, assim como Carlito Tevez, que vai abocanhar o prêmio de melhor do Brasileirão.
O que me espanta é o fato de que o Sérgio Batista, técnico da albiceleste, não perceba a maior virtude de Conca, e a utilize para transformar sua seleção num time capaz de ganhar algo mais do que amistosos.
O Conca é o primeiro jogador argentino que eu vejo que joga como um brasileiro. Mas não como um brasileiro de hoje. Como os brasileiros de sempre. Como Zico, Sócrates e Falcão. Ele tem habilidade, vontade, noção de realidade e disciplina tática totalmente diferente de seus conterrâneos. Isso, dentro da seleção Argentina, já repleta de ótimos jogadores, porém com características distintas, seria algo bem importante pro mundo do futebol.
Sou fã do Conca, confesso, mesmo devendo um ponto pro time dele.
Se eu estivesse em uma mesa de bar, poderia me alongar sobre isso. Mas o teclado me dá preguiça. Então vamos adiante.
Terceiro, e voltando ao Fluminense. O Conca tem ao seu lado três ou quatro bons jogadores (fora os meia boca que as vezes fazem bons jogos) que o ajudam, e ajudam ao Murucy, a segurar o tranco. E isso é muito importante. É irreal pensar num time só de craques. Dream Team de cú é rola. O time campeão tem um bom técnico, um craque, alguns bons jogadores e um resto de carregadores de piano. Tirando o Flamengo de 87 e o Palmeiras da fase Parmalat (aí desconta as malas pretas), todos os outros times campeões confirmam a minha tese.
Pra encerrar, esse título do Tricolor também serve, de uma forma torta, pra nós, Corinthianos.
Cadê a armação? Cadê o título "comprado" (o inédito título comprado sem dinheiro...)
Penalti pra lá, penalti pra cá...e o caneco vai pro Fluminense...
E segue a alternância entre o barulho e o silêncio após cada apito do juiz...(pra bom entendedor...)
Por favor criançada...volta pra Tv Globinho...futebol é pra gente grande...
E vamo que vamo e dele que dele!
Vou por um molho...
ResponderExcluirEu quero que o Corínthians seja campeão.
E prometo, mesmo, que nunca mais falarei que teve isso ou aquilo.
Chega, basta.
Se eu continuar com síndrome persecutória, deixo de torcer.
Quero crer que é na bola, por mérito, tudo parte do jogo.
Sério.
É vero. Título comprado só o do jejum de 74. Depois, para comprar título, ter um pedreira na Dutra e falar merda não basta. Você precisa de toda uma organização contábil e industrial. Por outro lado, se tudo no Brasil é ruim, o fato dos árbitros serem ruins (indiscriminadamente) não deveria surprender ninguém. Quando o Santos foi roubado em 95, ninguém acusou o Bota (tão enfaticamente), mas o Márcio Rezende Gaveteiro de Freitas. Mas se há um erro que favoreço o Corhintians, é sempre o Corhintians. Tudo bem, há o conterrâneo do Tião, o Edson Aparecido, que não ajuda a reputação de ninguém... Mas, parece que será Flu mesmo.
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