terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dinah Again

Na verdade vou arriscar:
vejo uma tragédia se aproximando...
um time de verde, já rebaixado, complicando a vida de um tricolor...
vejo pessoas de branco e preto comemorando...
o fim da tarde será longo.
haverá choro e ranger de dentes.
toda a praia será desolação,
não haverá subúrbio, cidade nem vila,
que não sofra dos Bárbaros o assalto.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Feito!


Meu personagem da semana (título roubado do quinto mais ilustre Tricolor (perde apenas para o Jô Soares, Nelson Motta, Evandro Mesquita, e Paulo Emílio) é o Fluminense.

Parênteses. Hoje, existe algo mais insólito do que se imaginar "Fluminense Campeão Brasileiro"?

Eu acho que não. E talvez, até mesmo por isso, essa seja uma verdade quase absoluta.

Já me conformo com meu vice campeonato e com a vaga na Libertadores da América. O caneco já tem dono, e dessa vez vai pras Laranjeiras. Fazer o quê?

O ressentimento, valha-me deus, dessa vez, é menor que a sensação de merecimento. Por muito pouco, muito pouco mesmo, o Fluminense foi melhor que o Corinthians nessas quase 40 rodadas do Campeonato Brasileiro.

Porque muito pouco? Porque, mesmo tendo as principais peças para ser campeão disparado, o Tricolor quase que entrega a rapadura. O Todo Poderoso também tinha boas peças para a empreitada, mas passou por problemas bem mais sérios...dois técnicos saíram...a falta de reposição e a eterna espera pelo Ronaldo.

Não reclamo. Fomos bem. E por isso volto ao meu personagem da semana.

Seguem as minhas explicações para o sucesso do Fluminense. Evidentemente, aceito o contraditório.

Primeiro (mas essa não é a ordem de importância): o melhor técnico do Brasil. Não vou me alongar sobre isso, porque acho que essa afirmação beira o consenso.

Segundo: o melhor jogador do Brasil. Conca. Essa rapaz está jogando muito. Mas muito mesmo. Com certeza, será mais um argentino, assim como Carlito Tevez, que vai abocanhar o prêmio de melhor do Brasileirão.

O que me espanta é o fato de que o Sérgio Batista, técnico da albiceleste, não perceba a maior virtude de Conca, e a utilize para transformar sua seleção num time capaz de ganhar algo mais do que amistosos.

O Conca é o primeiro jogador argentino que eu vejo que joga como um brasileiro. Mas não como um brasileiro de hoje. Como os brasileiros de sempre. Como Zico, Sócrates e Falcão. Ele tem habilidade, vontade, noção de realidade e disciplina tática totalmente diferente de seus conterrâneos. Isso, dentro da seleção Argentina, já repleta de ótimos jogadores, porém com características distintas, seria algo bem importante pro mundo do futebol.

Sou fã do Conca, confesso, mesmo devendo um ponto pro time dele.

Se eu estivesse em uma mesa de bar, poderia me alongar sobre isso. Mas o teclado me dá preguiça. Então vamos adiante.

Terceiro, e voltando ao Fluminense. O Conca tem ao seu lado três ou quatro bons jogadores (fora os meia boca que as vezes fazem bons jogos) que o ajudam, e ajudam ao Murucy, a segurar o tranco. E isso é muito importante. É irreal pensar num time só de craques. Dream Team de cú é rola. O time campeão tem um bom técnico, um craque, alguns bons jogadores e um resto de carregadores de piano. Tirando o Flamengo de 87 e o Palmeiras da fase Parmalat (aí desconta as malas pretas), todos os outros times campeões confirmam a minha tese.

Pra encerrar, esse título do Tricolor também serve, de uma forma torta, pra nós, Corinthianos.

Cadê a armação? Cadê o título "comprado" (o inédito título comprado sem dinheiro...)

Penalti pra lá, penalti pra cá...e o caneco vai pro Fluminense...

E segue a alternância entre o barulho e o silêncio após cada apito do juiz...(pra bom entendedor...)

Por favor criançada...volta pra Tv Globinho...futebol é pra gente grande...

E vamo que vamo e dele que dele!

domingo, 21 de novembro de 2010

Do Brasileirão sob suspeita

Caríssimos,

Chega mais um final de Brasileirão e voltam as suspeitas de maracutaias.
Será que vamos jogar no lixo a fórmula de pontos corridos por mesquinharias?
O choro irá vencer a alegria?
Roubaram, entregaram, mão grande, malas brancas, pretas, rosas...
Triste...
Sei que é pueril de minha parte, mas será impossível separar o esporte dos interesses comerciais?

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O anti corinthianismo e o novo udenismo

Pois é. Bastou um pênalti a nosso favor.

O campeonato foi comprado!

Está tudo armado para o Corinthians ser campeão!

Roubo! Roubo! Roubo!

Bastou um lance casual, e diga-se de passagem, corretamente marcado pelo juiz, para que surgissem de todos os cantos esses arroubos de um moralismo extremamente fajuto e de uma parcialidade descaradamente anti corinthiana.

Pergunto: e os outros jogos? e os outros times? arbitragem sempre 100%?

No fundo, para os detratores, o Corinthians não poderia existir.

Se existe, não poderia jogar.

Se joga, não poderia vencer.

Se vence, não poderia comemorar.

Li em algum lugar a seguinte pérola. " É o time do Lula, um retrato do país". Sociologia de quinta categoria, tão profunda quanto um pires de dar água pro gato.

Não me lembro dessa indignação quando anularam dois gols legais, marcados pelo Ronaldo, no jogo contra o Guarani.

Ou quando no jogo de ida contra o próprio Cruzeiro, o mesmo árbitro também não marcou um penâlti a nosso favor. Ou mesmo diante de lances polêmicos protagonizados por outros times.

Fico pensando se haveria tanto barulho se o pênalti fosse marcado na outra área, e desse a vitória para o Cruzeiro.

Imagino os mesmos faladores comemorando o fato, inclusive enaltecendo o possível erro do juiz.

Pois bem, indignação bem seletiva essa, dessa nova velha estirpe de torcedores que se insurge pela moral e bons costumes toda a vez que o Corinthians joga.

Seu passatempo predileto: forçar o terceiro tempo de jogo, transformando lances simples, corriqueiros, em tragédias, em escandâlos, em tudo o que os seus times (se é que existem) não conseguem fazer quando entram em campo.

Seu modus operanti: a histeria, bordões clássicos, a falsa imparcialidade, quase infantil, o apelo à etica e à moral, enquanto o futebol...o que é mesmo o futebol?

É o novo udenismo, que aos poucos vai saindo das páginas de política e aos poucos vai invadindo as colunas esportivas.

Sinceramente, eu ficaria um pouco menos contrariado se essa turma criasse um pouco de coragem e assumisse que o problema não é o lance, polêmico ou não. Não é o penalti ou o gol. O problema é o Corinthians.

Assumisse que realmente não podemos jogar, não podemos ganhar e muito menos comemorar.

É deprimente.

Não sei se seremos ou não campeões. Mas sei que não vai ser essa fauna de falsos moralistas que vai me constranger na hora de comemorar. Um gol, uma vitória ou mesmo o caneco.

Vaai Corinthians!


sábado, 13 de novembro de 2010

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Feito!


Primeiro...o destino de Mãe Dinah no Santos é a fogueira ou o Atlético Mineiro...cuidado Dom Tadeo...ehehe

Mas agora falando sério...não quero ser o urubu secador, o amigo da onça ou coisa que o valha.

Porém...

Se somarmos as variáveis, ou melhor, juntarmos as peças do quebra cabeças....temos o seguinte...

Máfia crente, com o capo Brum
+
Diretoria cooptada ou cooptando (meu ponto de vista)
+
Crença na predestinação dos homens
+
Uma vontade irresistível de sair do Rio (só isso, ou umas boas garrafas de Velho Barreiro, explicam as declarações do Silas)
+
A possibilidade de contratar um técnico laranja, que vai deixar tudo na mão de deus, ou do diabo, dependendo da vontade de deus (é uma loucura, mas é assim mesmo)
+
Silas, um dos fundadores dos Atletas de Cristo
=
Silas no Santos.

Quase daria um verso. Silas no Santos. Mas, na minha opinião, vai mesmo é dar merda.

Que saudade do tempo em que os crentes, católicos, protestantes, judeus, macumbeiros, dinheiristas, canalhas, pulhas, reaças, ladrões e pernas de pau...até esses...apenas pensavam em jogar futebol.

Lembro do Muller, que segundo os críticos, suava mais pregando do que jogando. Mas se casou com uma chacrete. Existe maior demonstração de tolerância? E jogava.
E o que falar de MC07, que operou o milagre de fazer o Osmar Santos falar e quase fez o Gerson Brenner levantar e andar. E jogava.

O problema é que os crentes de hoje são crentes demais. E, por pura falta de malandragem, esses manés nunca perceberam que nem Jesus foi tão crente quanto eles.

O Magrão deveria pedir uma licença pro Papai, descer antes do juízo final e trocar uma idéia com essa gente: "menos, pessoal, menos..."

No alto de sua simpatia e benevolência, aquele que, dizem, morreu por nós, provavelmente tiraria a cinta e partiria pra cima do Brun e seus asseclas, do mesmo modo como partiu pra cima dos vendilhões do templo, só que dessa vez, bradando:

Quero futebol, cacete! A salvação da humanidade, essa deixa comigo, porra!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Mãe Dinah

Não quero se profeta do acontecido.
Então prefiro errar do que depois ficar falando eu bem que pensei...
Tá com cara de Silas no Santos em breve...

domingo, 26 de setembro de 2010

Feito!

Parem as máquinas!

Confrade Tadeu. Dessa eu nã sabia e nem imaginava. Neymar é crente?

Cara, essa tua revelação (novamente quase um trocadalho do carilho) soa nos meus ouvidos como o elo perdido. Tudo passa a se encaixar....

Cara, depois que li isso...a primeira coisa que eu pensei...o que é que um jogador meia tijela como o Brum AINDA faz no Santos...

A resposta veio antes da pergunta.

Porra...tu e meu dileto irmão, que são santistas, devem ter uma percepção diferente da minha...mas eu não ouço nada a respeito desse cara, que tenha alguma relação ao futebol faz muito tempo...não sei se joga bem, joga mal, se está contundido...nada.

O nome dele só aparece nessas histórias...nessas guerras santas travadas dentro dos vestiários...

E tu mesmo recordou o caso do Wl...notório macumbeiro, o cara que inventou o Robério de Ogum.

E me pergunto. Só a gente percebe isso?

E respondo...confrades santistas, deve ter um lobby evangélico fudido na diretoria do Santos...porque senão, quem ia bancar um cara que só conspira contra?

É a Quinta Coluna...na sua forma clássica...

Como diria Tião Carreiro...a coisa tá feia...a coisa tá preta...quem não for filho de deus, tá na unha do capeta.

Ps:

Tomara mesmo que o Chulapa tenha conversado com o Neymar durante a semana. E de preferência, pelado.

sábado, 25 de setembro de 2010

Pelas barbas do profeta!

Tentarei não ser leviano, se bem que vai ser impossível.
Acaba o jogo contra o Cruzeiro, goleada, essas coisas...
Mas falarei da polêmica Neymonstro, ou o Fantástico Cérebro de Feijão.
Que tinha alguma coisa errada com aquela molecada, era óbvio.
Chegamos ao cúmulo do Robinho, senhor dileto e exemplo de seriedade, pedir para o povo ir com mais calma.
Ou seja, estava feia a situação.
Mas estava ganhando, então esvoboda-se!
Porém, tem uma fossa no Santos que está transbordando há uns dois anos, no mínimo: os evangélicos e o sr. Brum.
Já teve elenco rachado, o WL expulsando o pé-de-bode com pé de galinha, retirada de santos do vestiário, proibição da Ave Maria, essas coisas, que possuem como sintoma o distanciamento de gente-bem, como o Chulapa.
E eis que após todo o Terror, o sr. Brum volta como titular, discutindo com o Arouca, coisa estranha.
Aliás vê-se que existe uma clara separação entre evangélicos e outros, sem passar bola, discutindo.
Só pra nomear e deixar claro: Neymar e Brum são evangélicos, assim como Robinho, Madson, Felipe Mão de Alface. Edu Dracena, Arouca, Marquinhos e Léo são católicos. Os demais não tenho a mais vaga ideia.
Quero estar errado. Mas vejam como o Brum apresenta o Neymar nos gols contra o Corinthians e o Cruzeiro.
E o já citado Chulapa conversou com o Neymar durante a semana. Tomara que ele escute.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Lágrimas de Heráclito ou riso de Demócrito

Caros confrades, os tempos mudam e geralmente pioram. Antigamente tinha apenas credores, hoje já me dou o luxo de ter inimigos. E inimigos poderosos. A última: tiraram minhas quartas-feiras futebolísticas. Por conta disso escasseia o assunto para contribuir com nosso blog. Mas, driblando as injúrias da fortuna, pude ver dois terços do último clássico paulista, SantosXCorinthians. E bem poderia exercitar minha segunda desocupação predileta (depois de falar mal de todo mundo), ser o profeta do acontecido. Não havia como o Santos ganhar. Lembro de outro clássico - se não me engano semi-final do paulista - em que o famigerado Milton Neves, acredito que o mais notável profissional da difamação em atividade no Brasil (e percebam que nessa seara a concorrência é, como se espera, selvagem) tentar ganhar o jogo para o Santos tão somente no gogó da ema. Explico: o campeão, pé de anjo, camisa 7, fé no 4007, Marcelinho Carioca estava sob a suspeita de ter um caso com a Tiazinha, o que ele negava veementemente, o que também é um pouco inexplicável. Nas reportagens pré-jogo da Jovem Pan, Milton Neves, o próprio, ao entrevistar MC 07 não se furta a achacá-lo de todos os modos, a toda hora lembrando da tal Tiazinha. Foi uma tentativa, mas sem muito resultado. Parece que o Santos perdeu tal jogo, se não me falha a memória. Mas a situação era toda outra: o Santos era claramente inferior ao time de então do Corinthians, o achaque só produziu o que poderia produzir: o efeito contrário, e o Corinthians entrou mordido e fisgou o Glorioso Praiano. Dou toda a volta para falar de quem eu destesto, e detesto mesmo: o seu Neymar da Silva Santos Júnior. O Santos demorou muito para se recuperar, primeiro, da ressaca pós títulos, depois das saída de jogadores chaves - penso sobretudo no André e no Wesley (hoje, profeta do acontecido, preferiria que tivesse ficado o André e indo embora o seu Santos Júnior). Quando estava se firmando (mais ou menos) perdeu o Maestro do meio campo, meneur de jeu classique, o seu PH Ganso. Sobrou para a estrela do Neymar: que não brilha tanto assim. Seis penalidades máximas cobradas, três convertidas, o sujeito acha que é o Arantes do Nascimento. Pior: um Arantes do Nacimento que "tuita". Assim não pode, assim não dá, já ensinava o professor Cardoso. De todo modo, depois da briga com o Dorival e com o capitão do time, acho que o Dorival quis apostar alto, e pagou para ver. Um dia antes do clássico, peitou o lobby pró Neymar na esperança de não haver tempo para mais nada. Mas, verdade das verdades, para SantosXBota, FlamengoXGuarany e todos os outros: o jogo só acaba quando termina. E ganhou a banca. O time, como fica no meio disso tudo: com cara de peixe, mas de peixe morto. Volto aos dois terços do jogo que assisti: o Corinthians parecia mesmo mais sólido, e marcou um gol de aplicação e jogo coletivo. O Neymar não é o Messias, ele não joga para o time, mas espera que o time jogue para ele, digo isso sem fazer propriamente uma crítica. É a vocação dele como jogador. Deu no que deu. Acredito que ainda o Flu e o Inter podem embolar. Mas por enquanto, segue o time da classe trabalhadora.

Quinta-feira vi um Luxemburgo anti-Luxemburgo, com a voz embargada, se despedir do Galo Mineiro. Confesso que senti aquela breve compaixão que os patetas sentem pelos pulhas. São as minhas lágrimas de Heráclito. E para o Galo se salvar (improvável) falta ainda seu Raul pedir para o Fábio Costa pegar o seu banquinho e sair de mansinho. Mas ele vai pegar o banquinho e quebrar na cabeça do seu Raul. É o riso de Demócrito.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Feito!

Caros confrades...ou melhor....encarando a realidade...pois é Tadeu (não pelo fato de tu ser santista...mas pelo fato de sermos os únicos leitores escritores desse blog).

Dizem que o Corinthians não tem estádio. Mas o Pacaembú é a nossa casa, o Morumbi é a nossa casa e hoje, a Vila Belmiro foi a nossa casa.

Nada como o futebol, meu amigo...nada como o futebol...

Até minutos antes da partida o assunto era as armações ilimitadas de Neymar. Fora do campo, vamos esclarecer.

Mas com a bola rolando, tudo isso ficou pra trás. Como deve ser.

Opinião totalmente parcial, como toda opinião deveria ser, evidentemente.

Mas foi um baita jogo. Pra nós, é claro. Jogo de campeão. Tomar um gol com um minuto de jogo. Ter sangue frio pra empatar. Tomar o segundo. Empatar novamente e esperar...com uma paciência que há muito não se via no Todo Poderoso...a hora de ganhar.

Saber jogar. Saber quando atacar e quando se defender. E não apenas quando, mas principalmente, como.

Já viram um campeão jogar? Eu já vi, e é assim que se joga.

Não sei se o Corinthians levará esse brasileirão. Ninguém sabe. Mas que esse jogo serviu pra meter medo nos outos 23 clubes...ah...isso serviu...

E para o Neymar:

Tomá te lá, boludo!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Feito!

Quem é que manda no Rio?

O Fluminense com certeza não é.

Não esqueçam o que eu escrevi.

O jogo era decisivo. Não éramos favoritos. Mas jogamos como nunca e vencemos como sempre.

Não somos líderes. Pelo saldo de gol. Mas temos um jogo a menos. E um futuro promissor rumo ao Penta.

Pra aqueles que acharam minha análise furada...meus abraços!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Eita!

Futebol é um negócio engraçado, assim como a vida ou o destino, enfim.
Um time de cabeças-de-bagre é guerreiro, valente, raçudo, e outros sinônimos para falta de habilidade compensada pelo preparo físico e dedicação tática.
Até aí, tudo bem.
Acontece que se valoriza mais as vitórias desses tipos de times do que a de times técnicos, talentosos.
Por que cargas d'água?
Vai entender...
Bão, mas no final, que golaço do Abreu.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A Festa continua!

Lindo!
Maravilhoso!
Que venham outros 100 anos!
http://bit.ly/cFmKD7

Feito!

Caros Confrades (agora pelo menos são mais de dois)

Existe aquela história de que uma coisa leva a outra. Pois bem.

Estava eu no Café Cristal, minha segunda casa em Santa Maria, tentando assistir, e obviamente secar, Palmeiras x Fluminense. Sinceramente não me envergonho de perder meu tempo diante de dois times que não merecem sequer a atenção de um piolho de rato...mas depois dos pontos corridos...

Tentava, dizia eu..tentava...pois ao meu lado, outros assíduos frequentadores do bar, insistiam em comentar o empate em 0x0 do inter ou a vitória magra do grêmio sobre a obra prima de carlos gomes.

Claro que esses temas extinguiram-se como o fogo na palha. E os convivas começaram a entrar em assuntos mais interessantes.

Falavam de grandes eventos, como a marcação e castração de gado...diziam que dentro de poucos dias, em Júlio de Castilhos, uma estância ia castrar coisa de 150 cabeças...coisa mais linda...etc...etc...Daí, a conversa derivou para as facas...

Foi quando alguém falou "Porque eu guardo uma guerreira debaixo do banco do meu carro".

Putaquelospariò.

Na hora, tive um flashback, e recordei que meu pai também cultivava o saudável hábito de ter um facão debaixo do banco de sua Belina. Facão que inclusive, eu e meus irmãos, tivemos o prazer de ver entrar em ação, uma vez que meu pai surpreendeu um casal em vias de fato na varanda de nossa ex-casa.

Futebol, mesmo que desviado, também é cultura.

Segue a conversa, até se chegar na discussão sobre o melhor modo de se assar a bola do touro. Recordem-se, o assunto original era a castração. Pois bem, dizem que, depois que tu corta o saco do touro, tu deve jogar a bola direto na brasa. Então, espera a pele de cima esturricar. Tira a bola da brasa, tira a pele esturricada e joga a bola na salmoura. Assa de novo e come.

Mas depois, segundo os convivas, pare na primeira zona que encontrar.

E o jogo rolando.

Segue o jogo e segue o papo.

Até que, em um determinado momento, o Washington perde um gol. Alguém fala:

"Esse aí...dizem que tem...dizem que colocaram um coração de boi pro cara jogar..."

Porra, coração de boi!? Preparei-me para a maior gargalhada da minha vida, mas quando vi o tamanho do negrão, engoli seco e concordei. O cara pra mim, na hora, virou o doutor Jatene.

Segue o jogo e segue o papo.

Aí, eu, já meio enturmado, solto: "Em quatro minutos ninguém resolve nada"

Um dos convivas falou. Falou o óbvio. Falou aquilo que qualquer peladeiro sabe, porque nasceu sabendo. Falou aquilo que, depois que o peladeiro entra pra universidade, esquece.

O jogo ainda não terminou.

Parada pra pensar. É?...Não é?....Gol. O timinho da várzea do sumaré empata. Num gol tão cagado quanto o gol do timinho da zona sul do rio.

Dois pontos a menos na caderneta. O Timão com dois jogos a menos.

Por fora do nosso fórum, me disseram que minhas análises eram furadas.

Será?



quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Feito! - especial 100 anos


Colocar 130 mil no Anhangabaú não é pra qualquer um.

Comemorando o Centenário do Todo Poderoso Timão, uma foto antológica e um video que vale a pena conferir (Tião Carreiro cantando o fim do tabu)


Saudações Alvinegras (as legítimas, como diria Chico Anysio)

E parabéns para nós.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Feito!

E o Flamengo contratou o Silas.

Huuummm....Nessas horas fico feliz por não ser flamenguista. Já conto o porque.

Tenho uma fonte gremista, da mais alta credibilidade, que comentava comigo outro dia, entre uma Polar e outra num bar lá da Rua da Praia, alguns fatos que antecederam a queda do Grêmio à segunda divisão.

Segundo essa minha fonte, instalou-se dentro do clube, mais precisamente dentro do vestiário, uma espécie de movimento, capitaneado por uma maioria de jogadores evangélicos, que associava a queda de rendimento do time e o fantasma do rebaixamento (que depois ganhou carne e osso) à idéia, sabidamente protestante, de predestinação.

Então, começou-se a se desenhar a bizarra situação, na qual as derrotas justificariam-se como destino. Pra que correr, dividir, suar, se deus quer o contrário? Não eram todos os jogadores que estavam nessa pegada, mas não não são necessários muitos pra enterrar um time.

Eu fiquei bastante surpreso ao ouvir esse relato. Na hora perguntei: "Mas isso não existe só pra justificar a turma que se dá bem? Tipo...os ricos?". Bom, meu amigo, que é gremista e não teólogo, não soube afirmar se a predestinação negativa estava no caderninho do Lutero ou do Calvino, ou se era uma Nova Reforma que se colocava na história mundial, dessa vez pelas mãos dos Atletas de Cristo.

O que parece que aconteceu é que o elenco aceitou os desígnios de deus e achou que era isso mesmo...que a série B estava no destino. Agora ninguém nunca vai saber se no destino deles ou no destino do Grêmio (como a anedota do avião...que pode não ser o nosso dia de morrer, mas se for o do piloto...).

O resto todo mundo sabe o que aconteceu.
Voltemos as últimas semanas de Silas como técnico do Grêmio.

Bom, que o cara é reconhecido como um dos fundadores dessa organização, Atletas de Cristo, até uma pedra sabe. E a diretoria do Grêmio também. E com o time indo de mal a pior, parece que começaram a ficar meio cabreiros. Não sei se o Silas começou a demonstrar sinais de conformismo com a vontade de deus, ou até que ponto ele poderia influenciar os jogadores nesse aspecto. Mas parece que os dirigentes se adiantaram e resolveram partir pra Contra Reforma antes que fosse tarde.

Se o Renato, ex- Gaúcho, vai resolver, só deus sabe.

Mas como dizem, prudência e canja de galinha nunca fez mal pra ninguém.

Boa sorte Flamengo (que tá precisando mesmo...no domingo tomou uma virada do Guarani com o jogo terminado...)

Ps: Ainda na ressaca da Copa, li um texto do Juca "boca de tatu" Kfouri, no qual ele dizia que por influência do Jorginho, vários funcionários de longa data da CBF, entre eles olheiros experientes, foram demitidos em prol de um certo lobby evangélico. Vai saber se é verdade, vai saber se olheiro resolve alguma coisa.


Da arte de falar mal - o retorno

Da arte de falar mal.


Queridos amigos da Real Associação, na falta do que dizer, pensei imediatamente em exercitar meu pendor e minha vocação, tão óbvios para quem me conhece. Há trinta e tantos anos sou um convicto profissional do “do contra”. E isso explica tanta coisa em minha vida, que quase não dou conta de minha excentricidade. Por exemplo, o que explicaria morar em São Paulo, o mais completo e evidente fracasso sob qualquer e todo ponto de vista? E já respondo: em que lugar em me sentiria melhor senão no pior dos lugares para poder ser mais e sempre plenamente “do contra”? São Paulo é o lugar privilegiado da minha vocação. E já me vem a cabeça (saudades) meu querido amigo Menino do Rio. No Rio de Janeiro, quem não sucumbe a tentação de ser a favor? Claro que não a favor do César Maia, mas...Sei que alguns irão dizer, há favelas, tiroteios, a baia poluída, o diabo... Mas há também uma praia, protegida pela tal Guanabara, uma brisa, um calor, e de repente, uma abraço, um carinho... E eis que já estamos com um banquinho e um violão pensando, nada pode ser tão ruim assim... Exceto São Paulo. Daí que eu tenha pavores do Rio de Janeiro: tenho certeza que uma semana de Rio de Janeiro, se não me fizer carioca, no mínimo, subverte irremedialvemente minha natureza. E haverá, então, uma certo eu mesmo sorridente, queimado de sol, calção curto aberto no espaço, coração de eterno flerte.... Mas mesmo eu, com toda preocupação que me caracteriza, também tenho meus momentos de ser a favor. Veja vocês: comecei a frequentar a biblioteca da Faculdade de Arquitetura da USP em virtude de força maior (durante a última greve da Universidade, a biblioteca da FAU foi uma das poucas bibliotecas a furar a greve). E acabei me deixando contaminar pelo estados de coisas da FAU: meninas olhando livros de arte ligeiramente decotadas, gente estirada no gramado, namorando nos bancos do jardins... A FAU meus amigos é um baraaaaaato. Mas faço um parada. Não foi das meninas da FAU que pretendia falar. Já me explico: estava eu caminhando pelo Shopping Anália Franco (e não me perguntem como fui parar lá, nem eu sei responder) e vi uma família de corintianos: todos uniformizados. Um pai corintiano, uma mãe corintiana, e dois corintianinhos, um talvez com a idade de minha filha. E no meio do turbilhão de minhas obsessões ocorreu me certa repulsa por essa doutrinação dogmática das crianças. Poderia dizer: e se fossem uma família de malufistas: Todos com a camiseta 1111 do Dr. Paulo? As crianças já transformadas pelo constrangimento irresistível dos pais em pequenos taxistas? Poderiam dizer: ser malufista é diferente de ser corintiano, santista, são paulino. Verdade. Mas ainda sim permaneceu em mim a repulsa. Talvez porque eu queira me libertar um pouco das minhas obsessões, talvez porque ache toda obsessão uma sujeição injustificada. Faço outra pausa (para me contradizer): dias desses fui fazer antropologia em Higienópolis: e cheguei no horário propício. Era o exato momento em que as senhoras negras passeavam com os filhos da gente bem estabelecida de Higienópolis. Lia, alguns dias antes, que há um movimento no bairro contra uma estação de metrô na Av. Angélica. Porque essa gente decente não se incomoda muito se a senhora negra que cuida de seus filhos (e já lhes ensina a educação do mando se portando como serviçais por força de ofício) passa 5 horas por dia no transporte público. Quando essas considerações me vêem, só penso em uma coisa: eu preciso ser contra, tenho que ser do contra.

Fecho parênteses: tanto blá blá blá por quê? Queria falar do futebol nosso de cada dia, mas fugiu-me o assunto: sobre o Internacional, com seu simpático bi-campeonato, lá estava o Pelé de vermelho e sua tradicional camisa de gola chinesa, quase tudo já foi bem dito pelo meu irmão. Sobre o Ganso, trágica lesão, além da tristeza de torcedor e minha solidariedade, também quase tudo já foi dito. Sobre o Neymar, vá lá, ficou, mas o Neymar tem o mal hábito de ser um cretino, e não tenho muito o que falar dele.

Mas sucede que no fim de semana li uma longa entrevista com o Murici Ramalho, na Folha. Notável. Sóbrio. Honesto. O sujeito só cresce. Conclui com o lapidar “futebol é uma ilusão”. Tremendo. Mas o trecho que mais me chama atenção, sem qualquer laivo de moralismo, sem qualquer destaque desmesurado foi quando ele fala da esposa: “Converso com a mesma mulher há trinta anos, e para mim é uma maravilha”. Justamente: conversar com alguém. O maior dos mistérios humanos, a mulher, resolvido na singeleza dessa verdade. Imagino o quanto Muricy tem a me ensinar, eu que já não pretendo ser jogador de futebol. Não sou fiador do Murici, não sei de quantas orgias ele já participou, mas a frase, a confissão, é de uma beleza modesta e cativante. Não há escândalo, não há propaganda. Só um homem falando. Sou santista, devoto de São Rei Pelé, por obrigação e hábito, mas torço sinceramente por esse homem notável, que melhor que treinar o Fluminense e caminhar para a conquista do Brasileirão, senta para conversar com a mesma mulher há trinta anos e garante: “para mim é sempre uma novidade”. De repente, uma flor nasceu. Nense, Nense, Nense.


Vejam também danobrearte.blogspot.com/

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Feito!

Primeiro, aviso a todos os milhares de dois leitores do blog, que a partir de hoje esse será o título de todos as minhas contribuições.

Dito isto, vamos ao que interessa.

E o Ganso machucou feio.
Estourou o joelho, seis meses de geladeira.

E como quase sempre, numa jogada boba. Eu assistia ao jogo, vi o lance. Umas daquelas típicas pisadas em falso, sem qualquer contato com jogador adversário, e pronto. Do jeito que ele saiu, eu já imaginava alguma coisa mais séria. Mas não assim, até porque pelo caráter quase corriqueiro da cena, ninguém poderia imaginar a gravidade. Eu até achei na hora que era o tornozelo.

Pois bem, o que eu fiquei imaginando hoje, quando li a notícia, foi o seguinte. Imaginem se fosse com o Neymar.

Imediatamente apareceria uma revoada de urubus da nossa digníssima e imparcial imprensa clamando aos quatro ventos a chance perdida pelo Santos de fazer caixa.
Os profetas do acontecido apareceriam aos borbotões. Imagino até que alguns, dentro de seu infinito cinismo, até publicariam "que pena", enquanto, no famoso "off", deliciariam-se com a desgraça alheia.

Sorte do Santos, do Neymar. Azar do Ganso.

Não sem surpresa leio também que o clube congelou o processo de fechar um plano de carreira com o jogador, nos moldes do que foi feito com o Neymar. A matéria dizia que foi a pedido da família. Será?

Mas o mais bizarro disso tudo é que nessas descobri que no tal plano de carreira esta prevista a criação de uma fundação com o nome do jogador. É brincadeira? Talvez essa fundação faça parte do plano do Santos de projetar o Ganso na europa. Quem sabe assim ele não fatura um Nobel? Quem sabe ele poderia dar umas bolsas de mestrado e doutorado e ser co-autor de uma pesquisa revolucionária, ganhar um Nobel de Física ou Economia. Porque Nobel da Paz, não vale, é muito chulé.

Pelamordedeus, onde essa merda vai parar?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Barbárie

Aconteceu pelas bandas de cá, na Terra das Andorinhas.
Ninguém confirma a data, nem desmente.
Dizem que depois do jogo com o Santo André, o elenco do time sub20 da Ponte teria agredido de madrugada o elenco sub15.
Os caras quebraram as câmeras do estádio, onde todos dormem.
Se encapuzaram, tal qual Ivanhoé, e partiram com barras de ferro e de madeira pra pancadaria.
Deixaram vários feridos, inclusive em estado grave.
Não contavam que iriam estragar o sono dos profissionais, que também dividem alojamento, porém em piso superior.
A Ponte soltou nota de que tratou o caso internamente, não divulga quem participou, nem quem se fud, ops, sofreu.
O certo é que o time sub20 foi inteiro mandado embora.
Coisa estúpida, no mínimo.
E assim caminha a humanidade...

Rapidinhas

E não é que, finalmente, quando o Fluminense enfrentou um adversário que realmente dificultasse um pouco as coisas, patinou e deixou o Todo Poderoso tirar dois pontos da sua vantagem?

Na mesma rodada, e também jogando um clássico, o Corinthians sapecou 3 no São Paulo. Como isso tem se tornado quase rotina, pessoalmente comemorei mais os três pontos do que os três gols.

Agora, que a tabela vem deixando de ser uma barbada para o Fluminense, acho que é possível que ao final do primeiro turno tenhamos uma classificação sem maiores distorções. O Tricolor pega o Goiás, São Paulo, Palmeiras e Guarani. Dois jogos complicados, um mais ou menos e um fácil.

O Corinthians pega o Cruzeiro, o Vitória, o Vasco e o Goiás. Mais ou menos a mesma coisa. Mas uma coisa me deixa um pouco mais esperançoso. Aparentemente, o Ronaldo não volta mesmo. E isso pode deixar o time mais solto, o técnico mais tranquilo, pra armar um time pra 11 jogadores e não apenas pra um. Acho que a desenvoltura com que o time se apresentou diante do São Paulo (que recém vendeu caro uma semifinal de Libertadores para o Inter) é um sintoma dessa nova situação.

Por fora, o pessoal correndo atrás. O Inter começou mal sua tentativa de deixar de ser vice. Encarou o lanterna em casa com o time reserva. O que deveriam ser três pontos certos, transformou-se num susto e depois num empate. Assim não há DVD que resolva.

O Santos conseguiu o milagre de segurar seus principais jogadores. Sinceramente, eu não não acreditava que isso fosse dar certo, e acho que muitos santistas concordavam comigo. Mas recordando algumas de nossas conversas durante a Copa, não tem como a gente não comemorar essa virada e torcer pra que sirva de exemplo pros demais clubes.

Mas voltando ao campeonato, acho que com esse assunto resolvido, o Santos volta a pensar somente na competição. Há uma bela distância até o topo da tabela, mas também muitas rodadas pra serem jogadas.

Pra encerrar:

1. O Renato, mundialmente conhecido como Gaúcho, ao voltar pra Porto Alegre para dirigir o Grêmio (que anda flertando seriamente com a Série B), foi re-rebatizado. Voltou a ser o Renato Portaluppi, por razões óbvias. Mas é engraçado isso. Só espero que essa mudança de nome não tenha o efeito da ida do Sansão ao cabelereiro, ou como naquela piada, que o cara corta e juba do leão e o bicho começa a miar.

2. Ontem a noite, esperando o ônibus que me levaria de Porto Alegre de volta ao coração do Rio Grande, sintonizei meu radinho (na verdade, celular) na rádio Gaúcha e tive uma grata surpresa. Descobri um programa, uma daquelas clássicas resenhas da rodada, mas no qual os caras falavam desde os torneios amadores do interior do RS, Série D, C e B, Série A, além dos campeonatos Europeus e Argentino. Uma beleza. Progama bem feito, sem muitas firulas, apenas resultados e breves comentários. Foi aí que descobri que Túlio Maravilha estava jogando na série D, num tal de Botafogo de Goiânia, do qual eu nunca tinha ouvido falar, e que já estava eliminado. E que o antes quase glorioso Joinville Esporte Clube conseguiu sua classificação para a próxima fase dessa mesma competição.

E vamo que vamo e dele que dele, porque é onze contra onze e ninguém tem três bolas.


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Diga ao povo que fiuk!

Hehe!
Neymar ficou!
Acho que enchem a bola além do que ele merece, mas valeu.
Principalmente pela reação incrédula dos ingleses.
Eles acham que foi um ato esnobe.
Onde já se viu, preferir jogar no Brasil, perto dos insetos e dos trópicos, e não embaixo da saia da rainha?
Acho que foi uma aposta, de que ele terá cabeça no lugar e vai se valorizar ainda mais.
Sabe lá...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Feito! - o retorno.


Santa Maria está sob ataque.


Na verdade, todas as cidade do Rio Grande do Sul. Bombas explodem por todos os lados. Junto com elas, gritos.


E as ruas manchadas de vermelho.


O Internacional de Porto Alegre acaba de ganhar mais uma Taça Libertadores da América.


Taça que foi erguida por ninguém menos que o próprio Bolívar. Que a recebeu da mãos de ninguém mais que Pelé. É brincadeira? O Libertador e o Rei, juntos. O tempo não existe, só o futebol.


Sobre o jogo, muito pouco a se comentar, diante da superioridade do Inter.


Mas tenho certeza de que, ao sair perdendo, mesmo o colorado mais fanático olhou pro banco do seu time e pensou: bah! O técnico é o Celso Roth.


Posso estar enganado, mas creio que nosso querido Rothweiller perdeu o seu lindo cabaço como treinador justamente com uma Libertadores. Caso esteja errado, não importa. Para uma figura como o Roth, esse título ganha a aura do primeiro.


Mas no fim das contas, ele tem seu mérito. Manteve o time sob controle, mexeu bem e ganhou. E haja rabo. Dos três gols, dois vieram de suas substituições. Um até poderia ser considerado como favas contadas. Giuliano, insisto, não é reserva em nenhum time do mundo.


Destaco também o Tinga. Não tanto pelo futebol, apesar de também ter jogado um bolão. Mas pela figura. Se não fosse a narração do Galvão, eu ia achar que o inter tinha, na última hora, contratado o Seu Jorge como volante.


O melhor comentário da noite. Falcão falando para o Galvão: vou comentar o título metade como torcedor e metade como torcedor. Muito boa.


Teve um fecha pau básico e o Pelé de vermelho. Dessa vez a secadeira real não funcionou.


Tenho fontes que dizem que na verdade, quem foi ao Beira Rio foi o Edson. Dizem que o Pelé foi torcer pro Santos na Ressacada. E deu no que deu.


Cabe ainda uma palavrinha sobre o Brasileirão.


Como bem disse em meu último texto, talvez tudo o que ali estivesse escrito talvez não valesse de nada. Pois bem, a novidade já ficou velha.


O Inter tem o melhor time do Brasil + E ainda não virou o turno + E eles só vão perder o Sandro na janela de transferência = fudeu. Eles tem tudo pra deixar o título de vice pra trás.


(ppor falar nisso, percebi no Sandro uma semelhança transformática com o Richarlyson. Tive a sincera impressão que ele jogou maquiado, com lápis nos olhos e tudo mais. Mas como sempre, devo estar ardilosamente equivocado...)


Posso estar fazendo um comentário no famoso calor do momento. Mas como é só o presente que realmente existe, é isso aí.


E vamo que vamo e dele que dele, que o jogo é jogado e o lambari é pescado.


E amanhã tenho que dar aula as sete e meia da madrugada.

sábado, 14 de agosto de 2010

Feito!

Caros amigos do novo blog. Já que ninguém se manifesta, manifesto-me eu.

Começo pelo futebol. Óbvio, não. Sim, mas após a ressaca dessa baita Copa do Mundo, falar de futebol, tendo como referência o brasileirão, a sul americana, fica complicado.


Pois bem, vou falar da Libertadores. Mas não exatamente da Copa Libertadores, que, somente a partir da manifestação de nosso querido Sobrenatural de Almeida, pode mudar de dono.


Vou falar da minha experiência de vivenciar uma final de Libertadores, com o Internacional de Porto Alegre, aqui, no Rio Grande do Sul.


Primeiro, a rivalidade.


Olhem, eu sou Corinthiano, vivi em São Paulo por 15 anos. Convivi com palmeirenses, sãopaulinos, santistas...convivi, essa é a palavra. É algo que não ocorre por aqui.


Nunca vi uma rivalidade tão acirrada quanto a que existe entre Inter e Grêmio. Alguém pode argumentar...mas aqui é assim também...os adversários se secam, torcem contra, enchem o saco nas derrotas...Mas aqui, como diria um anônimo, num muro quase na usp, a pegada é seca.


Do nível, nunca falar o nome do rival. Vocês nunca vão ouvir da boca de um gremista a palavra Inter, e nem da boca de um colorado, a palavra Grêmio. Vocês vão ouvir, “eles”, “os outros”, “ o rival”. A imprensa, na média de sempre, fala na “dupla”. É uma aversão que nunca vi na minha vida. E ratifico. Aversão, porque nunca vi, entre gremistas e colorados, nada mais que ofensas e pilhérias. Nunca vi uma briga (claro que falo isso aqui do fundo de santa maria. Nunca fui a um Gre-Nal. Mas já fui a um Santos e Palmeiras e quase tomei uma sova, estando à paisana)


Quando o Flamengo sagrou-se campeão brasileiro no ano passado, o foguetório aqui foi inacreditável. Os tricolores queria de todo o jeito que o Grêmio entregasse a parada. Alguns dias depois do jogo decisivo, ouvi num bar, provavelmente de um colorado: “O Grêmio fez uma azero só pra gente achar que dava. Só pra ficar pior no final”. Verdade? Nunca saberemos. Mas não duvido.


Prosseguindo. Aqui no Rio Grande do Sul, existe uma expressão muito simpática, que as pessoas usam mais ou menos como um “obrigado”, mas, evidentemente não é só isso. É o “feito”. Tu vai num bar e pede: um marlboro lights. O cara te entrega. Tu paga e ele tem diz: feito. E tu responde: feito. Na verdade, não adianta explicar muito, mas acho que dá pra entender.


Mas não é que um narrador da futebol daqui, seguindo o exemplo dos grandes, emplacou o bordão “feito!” para os gols que são marcados por essas bandas?


Fica mais ou menos assim: D´allesandro cruza prá área, Giuliano sobre e cabeceia e ...feito! O Inter empata em Guadalajara.


O cara, que eu deveria saber o nome mais não sei, criou uma pérola do nível “olho no lance!”, “tá no filó” e “cruel, muito cruel...”


Aqui, na Copa, em absolutamente todos os jogos, gol de quem fosse, era...feito!


Bom, agora eu ia dizer que ouvi o “feito!” duas vezes no jogo do inter, mas ia ser uma mentira de perna de anão, afinal quem narrou o jogo foi o Galvão. Mas ainda assim, o Inter vale o comentário.


A única coisa que poderia tirar o caneco do Inter estava no banco, e se chama Celso Roth. Mas, pelo jeito que o time jogou, ou ele aprendeu ou deu uma sorte do caralho. Eu acho que um pouco dos dois. O Inter tem um baita time, e os caras resolveram jogar na hora certa. Falo principalmente pelo D´allessandro, uma espécie de Souza (aquele do Corinthians, que também deu uma sesta no São Paulo) argentino. O cara arrebentou no jogo, depois de atuações apagadas, tanto no brasileiro quanto na semifinal com o Sâo Paulo (por falar nisso, se o SPFC quiser aprender a ganhar do Inter, dá uma passadinha lá no Parque São Jorge).


Esse Giuliano joga muita bola. E tem estrela. No jogo, quem estava incomodando os mexicanos era o Alecsandro, um centro avante nota 7, mas que ia bem no jogo e se machucou. O Roth mexeu mal (tanto que tirou o cara que tinha colocado) e o Inter tomou um gol numa cagada fenomenal.


Mas o Giuliano empatou e o Inter virou. A virada é um caso a parte. Pra quem já conhece meus comentários a respeito da importância do nome dos jogadores para seu desempenho e para aterrorizar os adversários, tenho que dizer. O Inter tem a melhor zaga do Brasil. Imaginem uma zaga com Índio e Bolívar? Baitas nomes e baitas zagueiros.


Agora, é segurar o jogo e ganhar o bi no Beira Rio. Com todos os méritos.


Mas e o brasileirão?


Ah...aí complica.


Agora, nesse momento, temos apenas dois candidatos ao título. Digo isso porque o terceiro colocado está a sete pontos do segundo, que está apenas a um ponto do primeiro.


O Fluminense teve a sorte de encarar um time à beira do rebaixamento (Atlético-Pr) na mesma rodada que o Corinthians encarou um clássico com o Palmeiras. O tricolor ganhou, o todo poderoso empatou e perdeu a liderança por apenas um mísero ponto. Evidentemente méritos do Fluminense, que nada tinha a ver com o jogo do Timão. Mas a disputa segue embolada.


Quais seriam os times capazes de incomodar os atuais lider e vice lider?


Atlético mineiro, Atlético Goianiense, Grêmio Prudente, Vitória...claro que não.


Internacional, São Paulo e Santos. Na minha modesta opinião, esses são os times que ainda podem brigar pelo título.


Um parentese. Também temos Palmeiras, Grêmio, e talvez o Flamengo, como times que também poderiam incomodar. Mas não acho que na atual situação de reestruturação que esses clubes vivem, seja possível refazer os cacos do passado e ganhar um campeonato ao mesmo tempo. Desses, quem está em melhores condições é o Palmeiras, que vem contratando bem e tem um bom técnico. Mas não ganha. Para os demais, que eu acho que estão muito atrás do Palmeiras em todos os sentidos, a coisa complica ainda mais.


Mas voltemos aos possíveis candidatos ao caneco. O Inter, se ganhar a Libertadores, só vai pensar no Mundial da Fifa (do qual somos os primeiros Campeões). O Santos, creio que vai se desmanchar. Essa convocação do Mano só serviu de vitrine pros gringos. E como as propostas dos caras não são fracas, acho difícil o Santos segurar. Se sair o Ganso e o Neymar, vai sobrar só o Marquinhos e o Léo como bons jogadores. O resto é resto. O São Paulo, creio que está num limbo, sem saber o que fazer da vida. Baresi de técnico? É brincadeira. Fora o desmanche.


Por incrível que pareça, vivemos uma situação em que o líder e o vice líder correm por fora. Já estamos na décima terceira rodada do campeonato. O líder tem 29 pontos e o vive lider 28. Mas para ninguém, absolutamente ninguém, esses clubes podem ser os campeões. Os dois seguem na miúda, ganhando seus pontos enquanto os outros perdem, se distanciando na ponta da tabela, mas parecem carregar a camisa dos cavalos paraguaios. Será? Eu acho que não.


Os dois clubes tem bons times. Ainda não consigo afirmar que o Adilson seja um bom técnico, mas falta pouco. Ele tem tido o mérito de aproveitar jogadores antes esquecidos pelo Mano, e aparentemente, está livre do peso do Ronaldo (que eu acho que não volta mais). Quanto ao Muricy, nada a comentar. Excelente treinador, que está se dando muito bem no Rio. Além disso, são times que não devem sofrer muito com a janela de transferência. O Mano nos fez um favor de convocar um reserva pra seleção. O Fluminense, aproveita a janela pra contratar o Deco (que eu acho que não joga nada, mas vai saber...)


Por isso, agora, e quero deixar bem claro isso, que essa é uma análise do presente, acho que o brasileirão 2010 será decidido no próximo Corinthians e Fluminense, se não me engano, o segundo ou terceiro jogo do returno. Com a vantagem do empate para o Fluminense.


Mas como o jogo é jogado e o lambari é pescado, e são onze contra onze e ninguém tem três bolas, pode ser que tudo isso escrito aí em cima não valha absolutamente nada. Tirando o “feito!”, é claro.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Zóio de peixe

Santista que sou, no mínimo fico emputecido com as patacoadas dos guris da Vila Sagrada.
E cada hora é uma bobagem diferente...
Já teve seu Robinho abaixando as calças do seu Diego na entrevista...
Seu Diego pulando no símbolo do adversário...
Essas dancinhas idiotas (gol se comemora com soco no ar)...
Neymar e o conjunto da obra ou o Fantástico Cérebro de Feijão.
Ganso não querendo sair de campo.
E agora a bobagem do tuíter.
Tudo bem, são os gladiadores modernos, mas falta alguma coisa pra esse povo.
Isso porque nem falei do Felipe Melo, que não é santista, e sua soberba declaração sobre a normalidade no lance da expulsão.
Não que um jogador tenha de citar Platão ou Kierkegaard, mas um mínimo de bom senso não faria mal, certo Mão de Alface?

sábado, 31 de julho de 2010

Vai começar a brincadeira!

Começo com uma frase de efeito: depois que inventaram o processador, o doce de cidra nunca mais foi o mesmo, como diria meu pai.
Mas e daí?
Caros mancebos, está no ar mais um blogue mostrando que o futebol explica a vida.
É nosso.
Aproveitem.
Abraços,
T.